
Ponho-me em dúvida todos os dias e invejo aqueles que têm o prazer do trabalho que eu tanto anseio.
É verdade que passo a minha vida a reclamar, mas não tenho a certeza das minha decisões.
Que passos a dar em frente? Será mais correcto ir para a direita ou esquerda? A vida do ser humano é complicada de estudar, de compreender, de observar. A minha não iria ser diferente. Na minha mente fui destinado a ser um pintor, um artista, seja lá o nome que me caracterize, só sei que gosto de exprimir-me através de uma tela ou de uma película.
Em situações, acho que estou a perder tempo com aquilo que eu gosto de fazer! Sou obrigado a ser um de vocês! Isso tem piada, mas num país onde o top da música é um hino de um clube de futebol, a arte nem comento. Onde os políticos têm idade de serem meus avos. Onde é moda conduzir um Porche ou carro de alta velocidade, numa ilha onde temos muitas "rectas"!
Penso muito no meu futuro. Como vai ser? Se vou ter o meu atelier? O meu espaço para fotografar? Se vou viver bem? Não tenho medo do trabalho, mas pintar e fotografar exige muito como outro tipo de trabalho. É arte! A minha arte.
2 comentários:
jakaré nem k morras na pobreza... mantém o teu espírito e paixão pela arte...
Como? És obrigado a ser um de nós? Achas-nos assim tão banais? E se fizesses a experiência de procurar a arte no meio de nós, os comuns? Mesmo na maior das banalidades pode haver inspiração para a arte. Muitos o fizeram e foram bem sucedidos... Vá, esteja mais atento. Por exemplo, uma praça de taxis, uma fonte do princípio do século passado, uma rua estreita, uma árvore centenária, um hotel à Las Vegas, uma loja de bordados em decadência, um bar cheio de ingleses a ver futebol, um cliente que entra no bar para fugir da ilha. Eu sei lá. É só arte à nossa volta...
rui ornelas
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